terça-feira, 7 de junho de 2011

A vida sobre duas rodas...uma questão de equilíbrio.


Minha afinidade com as "duas rodas" começou aos seis anos de idade, quando ganhei minha primeira bicicleta (Caloi Ceci), em apenas dois dias aprendi a me equilibrar sem auxílio de rodinhas. Eu não sabia, mas ali surgia uma grande história de amor..rsrs...
O tempo passou e a bike foi evoluindo, juntamente com minha vontade de pedalar. Participei de campeonatos, ganhei alguns títulos, viajei.. resumindo, pedalei, e pedalei muito! Só que com o tempo, a gente cresce e as obrigações triplicam, quando percebi, a bike estava parada. Não havia mais tempo para ela, intercalar trabalho noturno com faculdade de "tempo integral" não é mole. Mas a vida off road me fazia falta. Ah, e como fazia! Então decidi que precisava de algo que passasse nos mesmos lugares da bike, só que com mais velocidade e que não exigisse tanta dedicação em treinos de resistência. Foi aí que a Tem Tem entrou na minha vida.
Tem Tem é uma DT200R preparada para trilha. Foi o casamento perfeito!
Eu não sabia, mas em poucos meses entraríamos para a história. Com apenas 4 meses de pilotagem (comprei a moto sem saber pilotar) me inscrevi no Ibitipoca Off Road, um dos enduros de regularidade mais duros do país. Para a minha felicidade, fui a primeira mulher em 20 anos do Rally a correr de moto. Conclusão: Eu e TEM TEM entramos para as manchetes de jornais e alguns canais da TV (SporTv, MGTV- duas vezes, jornal Tribuna de Minas, Sites (SUPREMA, MotoRaid) e alguns jornais de faculdades). Mais uma vez, minha rotina mudou e a TEM TEM acabou ficando um pouco de lado. Eu ainda a tenho, mas não a piloto com tanta frequência.
Foi aí que, por uma questão de necessidade e adequação a rotina, entrou a "Preta", uma Bros ESD 150cc. Que será minha companheira nessa longa viagem (além do Rafa- É CLARO! rsrs).

segunda-feira, 6 de junho de 2011

"Não basta ser rasta..."


A banda Tribo de Jah hoje, é minha principal referência no cenário do Reggae Nacional. Não se trata apenas um grupo de amigos que se juntam, formam uma banda, e se dizem "Rasta". A Tribo tem história ou melhor, tem essência! A história da banda iniciou-se na Escola de cegos do Maranhão onde se conheceram os quatro músicos cegos e um quinto músico com visão parcial (apenas em um olho), começaram a desenvolver o gosto pela música improvisando instrumentos e descobrindo timbres e acordes. Posteriormente passaram a realizar shows nos bailes populares da capital (São Luís-MA) e outras cidades do interior do estado fazendo covers de seresta, reggae e lambada. Foi neste momento que surgiu o radialista Fauzi Beydoun (Guitarra base, Vocalista e Compositor), nascido em São Paulo- (informações retiradas do site oficial da banda).
A música "Não basta ser rasta", na minha opinião, resume bem o que a Tribo representa hoje no cenário musical além de expor a verdadeira essência de um rastafari.
Principalmente o trecho que diz:
"Não basta ser rasta,
É preciso ser puro em seu coração
Não basta ser rasta, não
Pra obter graça é preciso perdão
Não basta ser rasta
É preciso estar certo da convicção
Não basta ser rasta, não
É preciso ser justo em sua razão..."
Rastafari é um movimento, uma ideologia. Ser Rasta, para mim, é ter voz ativa, lutar contra diferenças sociais, preconceitos, ser guerreiro, justo. Enfim, as letras da banda tem grande influência em meu dia a dia e me ajudam a manter um equilíbrio e uma visão mais otimista da vida.

Tribo, aí vamos nós!

domingo, 5 de junho de 2011

"Essa viagem é nossa!"



Ao contrário do que parece, a decisão de realizar essa viagem, não foi baseada no filme "Diários de Motocicleta" que relata a grande aventura realizada por Ernesto Che Guevara e seu amigo Alberto Granado. Mas confesso que, assistir ao filme me deu um entusiasmo a mais, no que antes, parecia ser um sonho distante.
Tenho contato com algumas pessoas que viajam em grupo a bordo de motocicletas. Seria bastante conveniente me juntar a eles e "sair viajando". Mas sinceramente, não é isso que busco. Não quero coisas fáceis, prontas, já programadas por outras pessoas. Quero Eu mesma, organizar tudo, desde os Km da viagem, as cidades em que iremos parar, aonde dormir, preços de combustível, o que levar, roupas, bagagens, hospedagem e mais um milhão de coisas....
Resumindo, quero uma viagem com a minha cara, ou melhor, com a cara "dos" Rafa's.
Programar uma viagem dessa proporção e nas condições em que queremos ir, requer muito trabalho, pesquisa, contatos e paciência. Mas é, ao mesmo tempo, muito prazeroso!
Traçar rotas, calcular os Km que pretendemos percorrer por dia, o tempo gasto, só faz aumentar a ansiedade para o dia em que partiremos.
Essa é a essência, é isso que faz com que ao final das contas nós possamos dizer, de "boca cheia": "Essa viagem é nossa!"

sábado, 4 de junho de 2011

A parceria....


Escolher um parceiro de viagem, talvez seja uma das etapas mais delicadas. As pessoas que viajam juntas à grandes distâncias, tem que estar conscientes de que serão submetidas a grandes momentos de stress, muitas vezes causados por cansaço, fome, desgaste físico e mental.
Se os integrantes da viagem não tiverem um mínimo de sintonia, toda a programação pode ir por água a baixo. É importante, avaliar o grau de afinidade, os interesses, a resistência e os objetivos.
Ao pesquisar personalidades, gostos e afinidades, não encontrei pessoa melhor que o Rafa. Nos conhecemos há mais de 6 anos, temos uma personalidade um tanto quanto compatível e surpreendentemente a mesma vontade de viajar a bordo de motocicletas. O lugar sugerido por mim foi muito bem aceito, devido ao fato de sermos grandes admiradores do Reggae Music.
São Luis-Ma é considerada hoje, a Jamaica brasileira ou a Capital brasileira do Reggae, devido aos espetáculos ao ar livre semelhantes aos sound systems jamaicanos.
Enfim, só posso dizer que estamos animadíssimos com a viagem, e que esta vem sendo programada dia a dia....

Rafaele Oliveira

O ponto de partida